O Livro dos Espíritos, Parte Quarta – Esperanças e Consolações - Capítulo
1 – Penalidades e prazeres terrenos.
Pergunta 953 - Quando uma pessoa vê diante de si uma morte inevitável e terrível, é
culpada por abreviar em alguns instantes seus sofrimentos por uma morte
voluntária?
– Sempre
se é culpado por não aguardar o termo fixado por Deus. Quem poderá assegurar, aliás,
se o fim chegou, apesar das aparências, e que não se pode receber um socorro
inesperado no último momento?
***
O que faz
com que alguém tire a própria vida?
Muitas coisas
explicam tal fato, mas nenhuma justifica.
Coisas como
essa acontecem todos os dias, mas chama a nossa atenção quando ocorre com
alguém que conhecemos, ou que está na mídia como se deu com o ator Walmor
Chagas. Segundo os jornais, foi encontrado pólvora em sua mão, o que sugere
suicídio.
Recentemente
também, uma microssérie na televisão, abordou o caso de uma cantora que,
sabendo que morreria e provavelmente sofreria muito com o câncer que adquirira,
pediu a um fã que a matasse e este o fez, segundo ele, por amor.
É uma
ficção, muitos dirão. Mas, quantas pessoas vivem com aquilo que leem ou que
assistem. Quantas pessoas enfermas e que também não querem ver seu corpo se
destruir com uma doença podem, baseado nisso, destruir a vida de seu corpo.
Quantas pessoas
que conhecemos se libertaram de um câncer? Quantas pessoas convivem com doenças
tidas como fatais por longo tempo superando o mal ou, mesmo que não, vivendo experiências
especiais durante o período em que se mantém vivas?
Conforme ouvimos
e falamos, o certo é que “o futuro a Deus pertence”, “Deus é que sabe de todas
as coisas”. A nós, cabe o dever de preservar a vida, lutar por ela por mais
difícil que pareça, atravessar a tormenta com dignidade.
Não devemos
vivenciar tais tribulações sozinhos. Buscar a ajuda de amigos, da medicina, de
terapias, da família, da religião, de organizações como o CVV, enfim, buscar
ajuda.
Que na
mídia saibamos filtrar o que é bom. Que os exemplos adotados sejam os que
elevam. Que a nossa conduta seja digna de orientação ao próximo. E que possamos
orar por aqueles que, enganados, destroem seu corpo e que, mais cedo ou mais
tarde, descobrirão que foram precipitados e que a vida continua.
Abraços,
Preta
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