terça-feira, 23 de agosto de 2011

E agora José?



A vida é mesmo muito engraçada.
Se perguntarem a você se está seguro das suas convicções, se seria capaz de manter sua opinião diante de todos os acontecimentos que surgirem, possivelmente você dirá que sim. Mas, será mesmo que quando o seu sapato apertar você não vai pensar que este sapato não lhe servia, que o melhor teria sido usar um tênis, ou que só usava este sapato devido a circunstancias?
Não, a nossa história não fala de sapatos nem muito menos de pé. Fala sim de ser humano, de pessoas com inúmeras duvidas sobre a vida e, talvez, não muito convicto daquilo que acha que é o certo.
 Quando olhamos para o lado encontramos muitas histórias e fazemos nossas criticas, nossas considerações a respeito. Dificilmente nos colocamos no lugar do personagem.
Você acredita em Deus? Tem certeza de sua justiça e do seu amor por todos nós? Concorda que “nada acontece por acaso”? Já pensou que os acontecimentos de sua vida pode te levar a provar essas suas convicções?
Pois, foi isso que aconteceu com o José. Chegou a hora de José testemunhar tudo aquilo que ele diz acreditar.
Quando tudo parecia fluir relativamente bem na vida de José (sempre temos altos e baixos), ele foi surpreendido por um fato.
Ao saborear uma pizza na companhia de um grande amigo, José viu entrar no recinto um conhecido na companhia de outra pessoa. O amigo de José logo notou que “algo estava fora dos trilhos” e aguçou sua imaginação. Aquela velha mania que muitos têm de tirar suas próprias conclusões daquilo que os olhos vêem.
Vocês já repararam como temos a mente fértil? Já tiveram a oportunidade de perceber que, às vezes, aquilo que vemos não é o que de fato acontece? E se é, o que temos nós com isso? Quando não conseguimos manter a nossa amiguinha quieta dentro da boca, a coisa pode ficar feia! E foi isso que aconteceu com José.
José tratou de alertar seu amigo que ignorasse o fato. Disse a ele: “faça de conta que não viu nada”! Mas, seu amigo não se conteve. A amiguinha coçou e teve que despejar tudo o que seus olhos viram para uma terceira pessoa, e esta pessoa como vocês já devem imaginar, tinha interesse direto na situação.
Alguns dias passaram. José não perguntou a seu amigo se tinha conseguido controlar seus impulsos e ficar calado. Um belo dia (que de belo não teve nada), José encontrou aquele tal conhecido e foi cumprimentá-lo. Qual não foi a sua surpresa. Recebeu uma enxurrada de ofensas que ele logo percebeu que era o resultado dos comentários de seu amigo.
Tentou se explicar quis dizer que não havia sido ele o autor dos comentários, mas, foi surpreendido por figuras nada amigáveis que surgiram de todos os lados. Poderia ser a “turma da deixa disso” mas não foi, ao contrário, foi a “turma do deixa com a gente” . José não contava com essa, foi agredido! A coisa ficou feia para José e ele chegou a pensar que sua hora havia chegado.
Vamos abrir um parêntese para a nossa reflexão. Imagine você se algo parecido lhe acontece. Suas convicções de vida, de justiça divina, de que o acaso não existe... O que você faria? Que atitude tomaria diante dos fatos? Dar parte à Polícia ou...?
A primeira coisa que José fez, assim que se safou da situação e, diga-se de passagem, que foi graças a uma única pessoa que surgiu e, com certa autoridade sobre os agressores, impediu que a agressão prosseguisse, foi buscar socorro.
Dessa “brincadeira” José ganhou algumas costelas quebradas, nariz arrebentado e diversos hematomas. 
Decidido, registrou queixa na delegacia. Descobriu que, um dos agressores, já tem um histórico nada agradável e, a queixa, poderá complicar a sua vida.
José agora vive um drama, maior do que podia imaginar viver. Maior ainda do que o temor de ser novamente surpreendido por uma nova agressão e, desta vez, definitiva. José foi tomado pelo desejo de vingança!
Mas como uma pessoa que acredita na justiça divina, que diz saber que “nada acontece por acaso” e que concorda que devemos seguir os ensinamentos de Jesus sendo o maior deles o “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, pode pensar em vingança?
Mas, somos seres humanos, falhos, aprendendo a viver. Sentimentos como esse pode surgir quando menos esperarmos, diante das situações inesperadas da nossa vida e, assim, mudar a nossa história.
Se José deixar que o sentimento atual, movido pelo orgulho ferido, ou até mesmo por “sugestões de terceiros” prevaleça, a sua história tomará um rumo muito diverso do que ele mesmo havia imaginado.
A partir deste fato, a vida de José já mudou. Algo ficou diferente.
Mas ele pode viver com essa diferença e não deixar graves marcas no livro de sua vida. Ser capaz de virar a página e escrever outro final para essa história.

E aí eu te pergunto: o que você faria se estivesse no lugar do José? O que você pode sugerir ao José como uma atitude certa a tomar? Você tem dúvidas quanto a este assunto? O que pensa sobre a justiça de Deus?

Gostaria muito de ouvir a sua opinião. Se desejar, fale comigo.

Um abraço,
Preta