terça-feira, 21 de agosto de 2012

O que você seria capaz de fazer para pedir perdão?



Uma mulher doou um rim para a ex-sogra como "pedido de perdão" pelo sofrimento causado quando ela abandonou o marido oito anos atrás.
Erica Arsenault, de 42 anos, viu o apelo por um rim feito por Dorothy Wolferseder, de 73, no Facebook da ex-cunhada e imediamente entrou em contato.
Exames mostraram a compatibilidade e então as duas foram para a sala de cirurgia em Massachusetts (EUA).
A doadora não considerou o gesto um exemplo de altruísmo, mas sim uma penitência pela forma como tratara o filho de Dorothy antes da separação.
Scott Wolferseder, de 49 anos, o ex-marido, disse ao "Boston Globe" por que Erica se submeteu à arriscada cirurgia:
"Foi por causa da dor que ela causou não só a mim, mas aos nossos dois filhos e à minha mãe. Esta foi a forma de consertar as coisas".
Erica e Scott se casaram em 1993 e se divorciaram oito anos depois. Os detalhes da separação continuam em segredo.
A doadora se casou novamente e teve total apoio do atual marido para fazer a cirurgia e ajudar a ex-sogra. O transplante foi um sucesso.

*****
                 Uma bela forma de pedir perdão: salvar a vida!
         Quando conseguimos perceber que nossa atitude causou mal a alguém sentimos uma necessidade de retroceder, de fazer diferente. Mas, apagar o que foi feito ou dito não é possível. Como aquela mensagem tão conhecida nos ensina, depois que amassamos uma folha de papel, por mais que tentemos alisá-la, ela nunca mais será a mesma. O que fazer então?
             Lemos em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo X, item 5: Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho, para que ele não vos entregue ao juiz, o juiz não vos entregue ao ministro da justiça e não sejais metido em prisão. - Digo-vos, em verdade, que daí não saireis, enquanto não houverdes pago o último ceitil. (S. MATEUS, cap. V, vv. 25 e 26.). Esta companheira fez exatamente isto, não deixou pra depois. E fez isso de uma forma bem difícil, deu uma parte de si, de seu corpo. Fez feliz àquela que sofria fisicamente e aos seus familiares que temiam por sua vida. Mostrou que compreendeu o sentido da vida, da amizade. Compreendeu aquele outro ensinamento de Jesus contido no mesmo livro, capítulo XI, item 1: (...) "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. - Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos." (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)
              
               Quantas vezes ofendemos nossos irmãos e nem mesmo percebemos? E quando percebemos, não temos coragem de pedir perdão, fingimos que nada aconteceu. Mas, vez por outra, somos traídos por nossa consciência que nos apresenta o fato à lembrança como a nos dizer que deixamos para trás algo inacabado. E, por mais que tentemos ignorar a nossa consciência, ela torna a nos surpreender com a lembrança do fato, sem explicações plausíveis ou diante de algum fato semelhante que assistimos, um relato que ouvimos. E quando insistimos em ignorar e resolvemos passar por cima desta lembrança, adiamos esta reconciliação para, talvez, outra encarnação. Neste caso, graças ao esquecimento do passado, certamente perguntaremos: por que meu Deus, este sofrer? Que mal eu fiz para merecer isto?!

               Historias como essa, nos levam a refletir em nossas atitudes, no sentido que damos a vida.
               Se já compreendemos que esta existência é apenas uma vírgula em nosso livro da vida e que muitas vírgulas, pontos, parágrafos virão para construir a nossa história; que está em nosso poder transformar esta história quantas vezes acharmos necessário mudando seu final, já está na hora de ao menos começarmos a pensar o que faremos para viabilizar esta reconciliação enquanto estamos por aqui. Que maneira encontraremos de pedir perdão àqueles que ofendemos. E isso serve para as grandes e pequenas ofensas.
               É bem provável que ainda não consigamos doar uma parte de nosso corpo, mas podemos fazer alguma coisa, não acham?!
             Iniciemos este processo de reflexão orando a Jesus e pedindo a ele força, clareza de raciocínio e muita coragem para tomar a atitude correta.
               Que Ele nos abençoe e nos ajude a termos êxito nesta empreitada.
               Boa reflexão.

               Preta

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